O relevo constitui o substrato de todas as atividades humanas, sejam essas de caráter rural ou urbanas. Assim, a avaliação criteriosa das características e dos processos inerentes à evolução do relevo constitui-se em conhecimento científico primordial para o estabelecimento de bases consistentes para a conservação e preservação de adequadas condições ambientais. Dessa forma, o relevo enquanto elemento natural encontra-se em constante processo evolutivo, o qual tradicionalmente ocorre no tempo da natureza. Contudo, o constante uso que sobre esse se estabelece pelo homem impõe uma nova dinâmica a essa evolução, perturbando de forma significativa a escala temporal da mesma. Considera-se, portanto, que atualmente a dinâmica do relevo deve ser compreendida também a partir da escala temporal histórica, visando a avaliar como a ação antrópica interfere nas morfologias e nos processos morfodinâmicos que tornam cada dia mais complexas as interações desse elemento natural com os demais e com a própria comunidade que sobre este se estabelece. Nesse cenário, o mapeamento das formas do relevo constitui-se em instrumento técnico imprescindível para a avaliação das fragilidades naturais desse elemento, assim como para a análise das mudanças de dinâmica provocadas pela ação do homem. A cartografia de tais formas permite identificar as características desse elemento natural que indicam potencialidade para a dinamização de processos geomorfológicos. Assim, a partir de tal identificação torna-se possível planejar a ocupação e o uso das terras de forma a evitar os terrenos de maior fragilidade ou ainda gerenciar tal fragilidade.